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Dúvidas sobre Mediunidade Falanges de trabalhos
Dúvidas sobre Mediunidade Falanges de trabalhos

Falanges

São muitas as falanges de trabalhadores na Umbanda, assim como são muitas as dúvidas do médium iniciante.

O que são os guias na Umbanda?

São espíritos que atingiram um grau acentuado de iluminação e sabedoria a ponto de poderem assumir a condução e orientação de pessoas encarnadas na terra.

O que são protetores na Umbanda?

São espíritos que atingiram um certo grau de iluminação, mas não a ponto de assumirem a condução de pessoas encarnadas na terra. Assim, agem como seus protetores.

O que é chefe de cabeça?

Cada médium tem sempre um espírito que é líder em seus trabalhos. Todas as falanges de trabalhadores ligadas àquele médium estão subordinadas a ele. Este é o chamado “chefe de cabeça”. Comumente é um caboclo ou preto velho, mas pode também pertencer a outras falanges em casos específicos. Por isso se diz que “fulano” tem “tal” caboclo “de frente”, por exemplo.

Como saber meu chefe de cabeça?

Ele mesmo deve se apresentar. É um erro comum tentar prever isso no momento errado ou o médium tentar “forçar” que seja esta ou aquela entidade, por questões de afinidade.

Qual das falanges é mais forte?

Nenhuma delas. Cada uma é forte naquilo em que se especializa. As falanges de Umbanda são fortes por trabalharem unidas. Este tipo de disputa, quando acontece, tem origem na imperfeição dos médiuns encarnados.

Falanges distintas podem disputar um médium?

Este é um tema delicado. De fato acontece, mas não nos moldes como se diz. É comum que os guardiões, ou exus, do médium se coloquem à frente. Isso de deve a duas causa principais: Na primeira, o exu ainda não tem o esclarecimento apropriado e se coloca de fato “na frente” dos outros, por julgar-se “dono” daquele aparelho. Neste caso ele precisa ser esclarecido e orientado. O uso de oferendas é relativamente comum nestas ocasiões. Na segunda causa, é o médium que está tão afinado com a energia do seu guardião, que ele simplesmente não consegue se ligar a outros guias ou protetores. Por magnetismo, ele se liga imediatamente ao guardião, mesmo quando outros falangeiros deveriam incorporar. Exu está apenas ali, de guarda, fazendo seu trabalho. Mas acaba levando a culpa.

Tenho que incorporar todas as falanges de Umbanda?

Isso não é uma regra geral. Todos os médiuns de Umbanda tem  ao menos um caboclo, um preto velho, uma criança a e um exu incorporante em sua falange de trabalhadores Se as outras linhas (ciganos, baianos, boiadeiros, marinheiros etc.) vão incorporar também ou quantos serão, isso varia de acordo com a casa e o médium

Quantos caboclos ou pretos velhos eu devo ter?

São muitos os falangeiros que trabalham com um médium, centenas. Mas somente alguns líderes de falange incorporam. Isso é definido na espiritualidade e não pelo aparelho ou pela casa em que ele trabalha.

Gosto mais de trabalhar com uma entidade do que com as outras. Isso é errado?

Não. Isso é, aliás, muito comum. Errado é impedir que outras entidades trabalhem só porque você gosta de uma delas. Quase todo médium tem mais afinidade com alguma falange específica de trabalhadores.

Quando um caboclo bate forte no peito, ou fala muito alto, é porque ele é muito forte?

Não. É sinal apenas de que ele fala alto, ou que o médium se sente inseguro e forja manifestações extravagantes para reafirmar sua mediunidade diante dos colegas.  Tais questões devem ser orientadas pelo chefe de terreiro. É um erro querer imitar a “extravagância” dos outros ou julgá-los extravagantes demais. A raiz destes erros ainda permanece a mesma: a insegurança e o medo de parecer menor diante de seus colegas de terreiro.

Uma entidade incorporada deve utilizar adereços como cocares, chapéus ou capas?

Cada casa possui seus instrumentos e não devemos julgá-la melhor ou pior por isso. Na Casa do Pai Benedito utilizamos bengalas, guias e ponteiros. Não utilizamos contudo capas, cocares ou coisas do gênero. É um erro dizer que um espírito depende de tais instrumentos para trabalhar, ou que nenhum espírito jamais deveria utilizá-los. Tal questão está, na verdade, mais ligada às condições de trabalho encontradas aqui na terra do que às necessidades dos espíritos do céu.

Todo exu ri quando incorpora? E por que eles riem?

Isto é um tipo de sinal, uma identidade de alguns exus. Pode ser usado como um chamado às suas falanges de trabalhadores, como um agente sonoro de energização do ambiente, ou até mesmo como um instrumento de descontração da conversa. Mas não é uma obrigatoriedade. É comum, contudo, médiuns iniciantes forjarem risadas escandalosas ou sinistras em suas manifestações mediúnicas para se afirmarem diante dos colegas. Mais uma vez, um erro devido à insegurança, medo e falta de conhecimento.

O que o meu guardião tem a haver comigo?

O guardião do médium é um ponto chave em seu progresso, pois os dois possuem normalmente uma afinidade muito grande quanto à natureza de seus resgates cármicos. Mas estes são temas muito delicados e podem gerar confusão se abordados inadequadamente. Devem ser conversados diretamente com entidades apropriadas para tratar do tema.

Existe alguma ligação entre os trabalhadores espirituais do médium e a sua casa religiosa?

Sim. Afinal, eles se tornam membros daquela equipe de trabalho. Há casos onde as falanges de trabalho de um médium não se afinam com um a espiritualidade da casa onde ele escolheu trabalhar. Se isso ocorre, ele raramente consegue permanecer nesta casa, pois o trabalho fica comprometido em sua raiz.

Um espírito pode se passar por outro durante a incorporação?

Sim. No caso de espíritos de luz, é raro, mas podem fazer isso para testar seus médiuns em ocasiões apropriadas. Já no caso de espíritos malfeitores, eles podem invadir qualquer sessão mediúnica “fantasiados” com outra roupagem deste que encontrem brechas para isso. Daí a importância de uma casa segura para se trabalhar e de um bom desenvolvimento mediúnico que nos permita identificar claramente a energia dos espíritos que nos assistem. Esta identidade energética, ao contrário da roupagem, nunca pode ser imitada ou falsificada.