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Pretos Velhos
Pretos Velhos

SEU SIGNIFICADO A POTÊNCIA DA PALAVRA DE DEUS, ORDEM ILUMINADA DA LEI DE DEUS, PALAVRA REINANTE DA LEI.

De escravo do cativeiro, os pretos – velhos se transformaram em entidades por virtude de sua personalidade carismática excepcional e passagem terrena a tal estado através da paixão e situação que se assemelham aos milagres inexplicáveis que encontramos em de mais religiões.
 A linha mais experiente da Umbanda e sem dúvida a mais respeitada das entidades, pelo seu sofrimento e pela sua sabedoria e humildade. É isso tudo que passa a linha dos pretos – velhos, o que um preto – velho fala ninguém discute. Como diz seu próprio ponto cantado, “ FILHO DE UMBANDA NÃO TEM QUERER” é assim que eles vem trazendo saúde e esperança, ajudando seus filhos e cobrando deles humildade e bondade no espírito. Se existe algo que os pretos – velhos não admitem é a soberba em seus filhos de fé.
Sua homenagem fica para o dia 13 de maio, dia da libertação dos escravos. Nesse dia os filhos de Umbanda servem a eles uma mesa de legumes, feijão de corda e virado de feijão. Está linha é composta dos primeiros espíritos que foram ordenados para combater o mal em todas as suas manifestações, mormente de magia negra. 
São os orixás velhos os verdadeiros magos, que velam suas formas cármica e revestem-se de roupagem meta psíquica de pretos – velhos, distribuindo e ensinando as verdadeiras mirongas de Umbanda.
Na religião Católica corresponde a São Cipriano, o santo mago africano, cabendo nela o culto aos grandes doutores de igreja: São Tomás de Aquino, São Bernardo, Santo Afonso, Santo Hilário e São Gregório. É o Apolo dos mistérios greco-romanos, o deus da arte e da ciência, irmão das musas. Seu dia da semana, quarta-feira, sua cor é marrom para alguns e para outros dependendo da linha, preto e branco, seu astro é Saturno, anjo mediador, Ramael.
Seus Chefes de legiões:
Pai Guiné – chefe da linha
Pai Tomé com Oxalá , Pai Arruda com Iemanjá, Pai Congo de Arruda com Yori, Maria Conga com Xangô, Pai Benedito com Ogum, Pai Joaquim com Oxossí. 
 


                                                                 



Preto-velhos.


Senhores da Humildade e da Sabedoria
"Preto Velho cruzou Congo,
Vem chegando de mansinho
As rosas que ele traz nas mãos,
Ele colheu pelo caminho,
Acorda cedo netinho,
Se com Preto você quer caminhar a distância é tão longe,
Preto Velho não pode esperar
É devagar, é devagarinho,
Quem caminha com Preto Velho nunca fica no caminho."

Quem nunca se emocionou com a presença destes amigos espirituais quando se manifestam nos terreiros ? A humildade, sabedoria e aquele jeito "brejeiro" de falar conquista qualquer um... O cheiro bom da fumaça do cachimbo, o ponto cantado que nos remete à perseverança, à esperança e mesmo a uma reflexão de nossa própria natureza. Pretos Velhos, veículos da sabedoria e da humildade, sempre com uma palavra consoladora para todos aqueles que aos milhares, a toda noite, dirigem-se às nossas Tendas, Choupanas e Terreiros ansiosos pelos conselhos de nossos "Pais Pretos".
Trabalhando na linha de Yorimá (ou linha das Almas para algumas vertentes doutrinárias), são Mestres no uso das ervas medicinais, profundos conhecedores da psique humana, dando consultas profundas, sérias em sua conclusões, trazendo alívio e confiança aos que os ouvem.
Mestres da Magia e da "Lei de Pemba", sempre estão a "desmanchar" trabalhos mais intricados e elaborados por Magos das Sombras, não só no plano físico com também e, principalmente , no plano astral. Com a fumaça de seus cachimbos (manipulação do elemento ígneo), destroem algumas larvas de origem astral que se "grudam" ao periespírito do consulente, reequilibrando seu aura.
Atuam com maior intensidade no organismo mental, o qual é centro da vontade, da inteligência, do intelecto. Fazem uma verdadeira atuação nesse organismo, proporcionando maior lucidez na elaboração das idéias concretas e abstratas, atuando em "porções"superiores e inferiores.
Quando da sua atuação mediúnica, alteram o porte de seus médiuns, fazendo-os curvarem-se suavemente, trabalhando sentados. Jamais tomam posições grotescas, mimetizando ou representando certos estados mórbidos. Nos aspectos míticos, muitos querem dizer que estas Entidades Espirituais mantêm "certas deformidades", supostamente adquiridas, em sua última roupagem terrena.
Saravá meus Pretos Velhos !!! 

Vovó Cambinda

 
 
Vovó Cambinda que é a homenageada, esta entidade conheço pessoalmente, são muito amorosas querendo sempre abraçar o mundo, muito companheiras trabalham com suas ervas, pitando seu cachimbo. O Povo de Cambinda é um povo irmãos do Congo, pois também trabalham na linha das águas com Iemanjá, porem sofrem grande influência de Ogum, são entidades amorosas, mas quando preciso energéticas, sempre falando pro bem do filho, mesmo que seja uma verdade dolorida.
As Vovós ficam alegres em terra, sempre felizes com o reconhecimento dos filhos, grandes tarefeiras de Zambi praticam sua caridade com muita fé e vontade, adoram crianças e trabalhos ligados a cura, uma curiosidade é que as Médiuns destas entidades tem ligação com a Cabocla Jurema.
 
 
 

Ponto de Vovó Cambinda

 
 
 
Vem Negra Cambinda, Quem te chama é Nagô
Negra da Costa da Mina é De Babalaô
Negra pula, Negra dança na batida do tambor
Negra toma seu marafô pra saudar seu protetor.
 
Anaruê, Anaruá
Batida no Congo, É Cambinda que vou chamar
Anaruê, Anaruá
Batida no Congo, É Cambinda que vou chamar
Negra Cambinda é negra firme, negra de Fé vem Saravá
Negra Caminda é nossa luz, que na Umbanda vem trabalhar.
 
 

Vovó Benta.


Mãe Benta
Negra esbelta, de sorriso sorrateiro e conquistador, de requebrado insinuante, andava pelo casarão deixando no ar o cheiro do manjericão. Cantarolando, sempre faceira atiçava o desejo, nos negros e também nos brancos. Não passou despercebida do olhar do patrão, sinhozinho cujos dotes de beleza também assanhavam aquela negrinha. E assim, depois de uma primeira vez, foi inevitável que todas as noites ele a procurasse na senzala. Não era só um desejo, mas além do corpo que ardia ao vê-la, seu coração estava emaranhado num sentimento ao qual ele negava.
Foram anos de encontros furtivos, aos quais a sinhazinha fingia não ver. E muitos abortos, num dos quais a negrinha desencarnou.
Haveria de renascer em muito pouco tempo no mesmo lugar. Negrinha doente, que sobreviveu à morte da mãe no parto. Muito cedo aprendeu a benzer e ali estava uma negra curandeira. Parteira requisitada, não tinha hora para atender, até o dia em que, para salvar uma escrava das mãos do feitor, levou uma paulada nas costas e aleijou. Andou o resto de sua vida agachada e com fortes dores, mas nem por isso deixava de salvar vidas. Desencarnou cega e arqueada, porém feliz.
Mas havia muito a ressarcir na contabilidade do céu. Por isso, juntou-se às bandas de Aruanda e como preta velha desce à crosta para ajudar a curar e aconselhar. Precisou de um aparelho cujo comprometimento fosse adequado às suas energias, para que juntas possam aprender que é curando as feridas alheias, que as nossas cicatrizam.
De galho verde na mão e muito amor no coração, Vó Benta visita seu aparelhinho, baixando-lhe as costas e transferindo um pouco da dor que sentiu na carne para que este saiba que a humildade se faz necessária. Seu alvo avental, ao final do trabalho está sempre cheio de nós, que ela faz, para desfazer aqueles que os filhos de fé trazem até ali. No final da noite, junta-se aos irmãos e volta para Aruanda, até que a próxima lua a traga novamente cantando:

Vem chegando Vovó Benta
Benzedeira de Aruanda
Com seu galhinho de Arruda
Vem benzer filho de Umbanda....
 
ADOREI AS ALMAS!!!!

Que Oxalá nos abençoe sempre